Os ativos geridos pela previdência privada no mundo atingiram US$ 38 trilhões, de acordo com o estudo Pension Markets in Focus, divulgado dias atrás pela Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). Somente os 35 países da OCDE concentram US$ 36,9 trilhões. Montantes no valor total de US$ 1,3 trilhão estão em fundos de uma amostra de outros 45 países fora da OCDE, incluindo o Brasil e os demais membros dos Brics, grupo do qual fazem parte também a Rússia, Índia, China e África do Sul.
Países líderes - Os maiores investimentos em previdência privada estão localizados nos Estados Unidos e Canadá, assinala o estudo. Mas também se destacam o Reino Unido, a Holanda e a Suíça, na Europa, além da Austrália e do Japão, em outras partes do mundo.
Na América do Sul, o estudo da OCDE destaca o Brasil, com ativos reunidos na previdência privada equivalentes a 13% do PIB, não muito distante dos 20,3% do Peru e dos 20,4% da Colômbia, com a liderança regional ocupada pelo Chile, com 69,6%. O Brasil está à frente de alguns países da OCDE como a França e Itália, que investem em previdência privada 8,7% cada um; e da Grécia, com 0,6%.
Planos - Os planos de contribuições definidas estão disseminados dentro e fora da OCDE e os ativos representam mais da metade do montante administrado por fundos em 17 países associados à Organização e 21 não membros. Mas os planos do tipo de benefício definido ainda têm uma grande parcela em mercados como o Canadá, Suíça e Estados Unidos.
Depois de ter caído na crise de 2008, os investimentos nos fundos de pensão vêm crescendo nos últimos anos. O retorno foi positivo em 2015 na maioria dos países, embora inferior ao registrado em 2014, em consequência das políticas de baixas taxas de juros implementada pelos bancos centrais em várias partes do mundo.
Nos últimos cinco anos, de 2010 a 2015, o crescimento médio anual dos fundos de previdência ficou em 4,3%, ligeiramente abaixo dos 4,4% do período de 2005 a 2015. ( Chris Carvalho )