Em 18 de outubro, há apenas dois meses, portanto, reunidas em Assembleias as associadas aprovaram o Plano Nacional de Fomento da Previdência Complementar e o pagamento de 1 contribuição associativa adicional para custear as suas primeiras ações. E o fizeram naturalmente por estarem convencidas de que, se o sistema como um todo não voltar a crescer, todos e não apenas quem administra planos de terceiros serão mais cedo ou mais tarde atingidos. E, tão grande é esse convencimento que, nesse curto espaço de tempo que se seguiu às AGEs, o Grupo Executivo Responsável pela Condução das Ações já se reuniu 3 vezes, dois estudos foram contratados e, somente nos últimos dias desta semana, apresentações sobre o Plano foram feitas para quatro Comissões Técnicas Nacionais, as de Governança, de Comunicação e Marketing, de Seguridade e a de Relacionamento com o Participante.
Entre as ações que vem sendo desenvolvidas incluem-se expor o plano nas reuniões das Comissões Técnicas Nacionais, que vem sendo convidadas a incluir o fomento do sistema entre as suas preocupações imediatas. Em outra demonstração da vitalidade do projeto, já foram contratados 2 estudos (“Dimensionamento dos Impactos Econômicos das Medidas Tributárias de Fomento” e “Mapeamento de Populações Não Integradas ao Sistema”), dando assim prosseguimento e atualizando trabalhos acadêmicos já produzidos com o objetivo de subsidiar as políticas que viermos a propor com vistas ao fomento.
Transformação do País - Assim é que que várias iniciativas estão em curso, caracterizando um quadro de implementação do Plano dentro do previsto, algo à altura do que o seu êxito pode significar em termos de um adicional de prosperidade criado a partir da nova poupança previdenciária acumulada. Sem exagêro, construído gradualmente, seria um sucesso capaz de transformar profundamente o País.
A comparação entre a modéstia dos números brasileiros e os acumulados lá fora dão uma ideia clara do potencial a ser explorado. Os nossos fundos de pensão administram um patrimônio equivalente a 13% (R$ 740 bilhões) do PIB brasileiro, algo muito abaixo dos mais de 70% do PIB que são praticamente a regra entre os pension funds das nações mais desenvolvidas, percentuais que chegam a mais de 140% no caso da Holanda e da Suiça. O que quer dizer que adequadamente fomentados os daqui poderão assumir igual papel indutor de crescimento econômico que se observa no exterior.
“Trata-se, na verdade, de coragem para repensar o Brasil, colocando à disposição da atual e especialmente das futuras gerações os meios para construir uma nação sustentavelmente próspera”, sintetiza o Presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto. Fica cada vez mais evidente que a falta de poupança doméstica é de longe um dos maiores problemas do País e em larga medida razão determinante das demais dificuldades de que os brasileiros não conseguem se livrar.
O que está sendo feito - Em reunião da Diretoria da Abrapp, há dois dias, o consultor Acyr Xavier Moreira lembrou que no 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, em setembro último, ampla divulgação foi feita através de plenárias, vídeos projetados antes do início das sessões, coletiva de imprensa e Carta emitida ao final do evento. Informou também já haver uma aproximação com o Banco Mundial, do qual se espera apoio institucional.
Entre as ações que vem sendo desenvolvidas incluem-se também expor o plano em visitas às associadas, o mesmo acontecendo com stakeholders de diferentes mercados que, percebendo os benefícios que o crescimento da poupança previdenciária trará para os seus negócios e o atingimento de seus outros objetivos estratégicos, poderão vir a figurar entre os financiadores.
Há ainda um trabalho sendo desenvolvido junto à mídia, acompanhado de um esforço para sensibilizar o governo, tudo isso no contexto da luta por tornar evidente para a sociedade brasileira que os fundos de pensão são solução e não problema, podendo ser a resposta para muitas das carências do País. Acyr ainda referiu-se à ativa contribuição que a equipe interna e a assessoria parlamentar estão oferecendo. ( Jorge Wahl )