Em novembro de 2018 os ativos dos fundos de previdência complementar fechada somaram R$ 901 bilhões e passaram a representar 13,4% do PIB, o nível mais alto desde 2012. A rentabilidade acumulada até novembro chegou a 12,13%, bem acima da Taxa de Juros Padrão (9,42%) no período, informou a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
A rentabilidade dos fundos fechados também é superior à média da maioria dos fundos abertos, aqueles oferecidos por bancos ou seguradoras. De janeiro a dezembro, os fundos de previdência de renda fixa renderam 6,35%, e os multimercado, 6,93%; os do tipo balanceado renderam entre 5,75% e 9,43%. Apenas os de previdência – ações renderam (em 12 meses) acima dos fundos fechados (em 11 meses), com rentabilidade de 15,30% em 2018, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Para a Abrapp, o sistema fechado está passado por mudanças como o Plano Família de Previdência Privada, modelo que consiste na abertura dos benefícios a cônjuges e dependentes. Em entrevista ao MONITOR MERCANTIL, o presidente da Abrapp, Luis Ricardo Martins, afirma que a previdência complementar fechada tem, em sua essência, a formação de poupança a longo prazo. “Se cada participante trouxer um familiar, vamos ter um incremento de 3,5 milhões de adesões, dobrando de tamanho até 2022”
São 229 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), que somam 2,668 milhões de participantes ativos e pagam a mais 850 mil beneficiários (aposentados e dependentes), com valor médio de benefício de R$ 5.968. O patrimônio é superior aos fundos de previdência aberta. As Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) somavam recursos de R$ 778,3 bilhões ao final do ano passado. (Monitor Mercantil)