Longevidade: não está fácil nem para a Suiça

Um estudo intitulado "Primeiro Ágil e depois Frágil" mostra que 57% das pessoas com mais de 85 anos - aproximadamente 190 mil pessoas na Suíça - vivem atualmente na quase totalidade do tempo em casa. Em 2030, esse número irá crescer em 65%, passando a representar 404 mil pessoas, informa o Swissinfo.
 
Isso significa  um forte aumento dos custos para cuidar dessa população. Números fornecidos pelo Centro de Deficiência e Integração da Universidade de St. Gallen mostram que os custos de tratamento em casa de aposentados irão aumentar de 7,2 bilhões de francos,  em  2015, para 10,5 bilhões, em 2030, de acordo com estimativas conservadoras.
 
O estudo identifica as principais deficiências na área de saúde caseira e serviços domésticos e indica a direção em que o desenvolvimento deve ocorrer. O grupo reivindica mais debates públicos para encontrar uma solução ao financiamento do tratamento de idosos, especialmente para as classes mais desprivilegiadas.
 
E também na Suiça fala-se em reforma da Previdência, algo tratado ali, como em outros países mais desenvolvidos, como um tema mais ou menos permanente. Um dos pontos atualmente em discussão não tem relação direta com a estrutura previdenciária, uma vez que se refere a um fundo que seria comparável no Brasil ao FGTS, mas que entre os suiços, talvez mais do que entre os brasileiros, é visto como uma poupança para a aposentadoria. Pois bem, na Suiça o governo estuda dificultar o acesso a esse fundo durante a vida laborativa, que ficaria livre praticamente para a compra de casa própria e nada mais, enquanto não chega a hora de aposentar-se.
 
As entidades dos empresários criticam o governo e “suas propostas puramente cosméticas”.(ABRAPP)